O popular #miojo é a saída para muita gente em busca de uma refeição rápida e barata, além de fácil de preparar (alguns até fazem receitas especiais para tornar seu sabor aparentemente mais atraente). O dr. Braden Kuo, que é membro do Hospital Geral de Massachussets, localizado no estado norte-americano de Massachussets, na Nova Inglaterra, resolveu fazer uma experiência interessante. Ele usou uma câmera do tamanho de uma pílula, usada em exames, para registrar o que se passa dentro do corpo de uma pessoa que comeu macarrão instantâneo, e o resultado foi surpreendente.
Por exemplo, apesar do contato com os sucos digestivos do estômago, boa parte do alimento aguentou, com relativamente poucas alterações, duas horas dentro do corpo humano.
Para efeitos de comparação, o médico também registrou o que acontece com o macarrão normal digerido pela pessoa, e o contraste entre os comportamentos dos dois tipos de massa diante dos sucos digestivos, especialmente, as respectivas durações do processo, é realmente impressionante.
O fato de o macarrão instantâneo demorar muito para ser digerido pode ter consequências importantes, especialmente para as pessoas que comem frequentemente esse alimento, seja por sua praticidade, baixo preço ou sabor mesmo. Além de submeter o #estômago a um grande esforço para extrair os nutrientes do produto (e nem há tantos assim), o longo tempo que o macarrão instantâneo leva para ser digerido aumenta a absorção de aditivos químicos presentes nele.
Entre os aditivos comumente usados no macarrão instantâneo, podem ser mencionados a substância terc-butil-hidroquinona, também conhecido pela sigla TBHQ.
Trata-se de um produto obtido a partir do petróleo e cujo papel é evitar a oxidação de óleos e gorduras, aumentando a validade de produtos processados, como, por exemplo, o macarrão instantâneo. Ele também é encontrado em ingredientes usados em produtos de fast-food. Apesar de normalmente ser eliminado pelo organismo, o consumo frequente de produtos com esse aditivo pode expor o indivíduo por períodos longos demais a ele. Segundo o Environmental Working Group, grupo sem fins lucrativos e sem ligações partidárias que se dedica ao estudo dos efeitos do ambiente sobre a saúde humana, isso pode causar efeitos negativos como problemas no fígado e no sistema reprodutivo.
Tanto por conta dos riscos contidos no consumo exagerado de alimentos processados quanto na relativamente baixa disponibilidade de nutrientes neles, recomenda-se que o consumo deles, se for feito, seja pouco frequente.