Uma suposta conversa entre patroa e empregada foi divulgada recentemente nas redes sociais. O conteúdo das mensagens gerou revolta em grande parte dos internautas. Pior é saber que este é apenas um dos milhares de casos de empregadas domésticas que são tratadas da forma que esta foi. Mulheres que trabalham como faxineiras recebem, sem dúvidas, tratamento inferior.
Este caso é um retrato, não só da diferença entre classes, mas também de uma cultura arraigada na parcela mais favorecida da sociedade. Existem claro, as exceções. Há quem trate com dignidade as pessoas menos favorecidas, o que nada mais é do que dever deles.
Este caso, em específico, causa indignação pelo conteúdo das mensagens, veja porque. As mensagens são da patroa para a empregada dizendo que ela não precisará voltar ao serviço, tendo em vista que a patroa ficara insatisfeita com algo que ela fez. Sem entender, a faxineira questionou, e a resposta foi surpreendente.
O motivo pelo qual a moça não poderia voltar à casa da patroa é porque ela teria utilizado o banheiro social da residência. Segundo a contratante, deu para ouvir o som da descarga quando ela deixou o banheiro. Além deste, outro motivo seria o fato de a faxineira ter utilizado a louça da casa para almoçar. A patroa diz: “Lembra que eu disse para usar os descartáveis?” – referindo-se aos talheres utilizados.
Ao entender o que estava acontecendo ali, a empregada disse que não voltaria mais na casa por decisão dela mesma. Indignada com a resposta que recebera, nada injusta, a patroa ameaça denegrir a imagem da faxineira, dizendo que falaria mal dela a todos.
É triste que existam pessoas assim, mas é a nossa realidade, infelizmente. Como foi dito acima, este é apenas um retrato, a ponta do iceberg. Já que não dá pra frear este tipo de comportamento, é importante que as pessoas continuem divulgando e denunciando a descriminação.