Internada no Hospital Rotunda, em Dublin, ela foi atendida por uma equipe médica que fez todo o possível para salvar a criança. Mas não teve jeito. Só o que restou, então, foi tomar duas doses de medicação abortiva para limpar todo o útero e voltar para casa após uma noite em observação.
Poucos dias após o incidente, Michelle foi contatada pelo hospital. Ela ouviu que precisava passar por uma cirurgia uterina, pois partes do feto se mantiveram e isso poderia causar infecções. Os exames realizados mostravam que ainda havia uma quantidade considerável de sangue e coágulos no seu corpo.
Contudo, uma surpresa estava reservada tanto para a mãe quanto para os médicos.
A equipe médica levou um susto ao ouvir batimentos cardíacos vindos do útero da irlandesa. Foi quando descobriram que ela estava grávida de gêmeos. Embora tivesse perdido uma das crianças, a outra havia sobrevivido – inclusive aos remédios abortivos. Um verdadeiro milagre.
Com todo o acompanhamento necessário, a gestação seguiu. E no final, tudo deu certo. O mundo dava as boas vindas à pequena Megan, que nasceu saudável.
Para se ter uma ideia, o medicamento que Jessica tomou seria suficiente para tirar a vida de um feto no oitavo mês de gestação. Isso dá uma dimensão do milagre que foi a bebê ter sobrevivido.