quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

“Quero morrer” diz menina que escreveu bilhete pedindo ajuda após sofrer bullying na escola

Há alguns anos, o tema “bullying” vem sendo constantemente discutido, em especial por pais e educadores. Eles buscam uma forma de conter as intimidações e agressões físicas e verbais entre as crianças para que isso não reverbere negativamente. Há inúmeros casos em que os pequenos e adolescentes gritam por socorro silenciosamente até que tomam medidas drásticas e chegam a tirar a própria vida.

Pedido de ajuda:
Naomi O’Neill, de 28 anos, encontrou um bilhete embaixo da cama da filha mais velha, Millie. O texto era praticamente um pedido de ajuda:



“Nenhuma criança no mundo deve se sentir do jeito que eu me sinto quando recebo agressão. Isso me deixa triste, eu me sinto diferente, estranha, não importante, irritada, boba e magoada. Por favor, me ajude a parar de ser intimidada”, suplica a menina. O choque de Naomi ao ler essa mensagem foi enorme. Como mãe, dá para imaginar o que ela sentiu ao tomar conhecimento das coisas que a filha estava passando.



Quando a mãe confrontou a menina sobre o que estava acontecendo, ela apenas conseguiu dizer “quero morrer”.

A diretora da Lister Junior School em Tuebrook, Liverpool, na Inglaterra, disse que ficou “chocada e triste” ao saber da notícia. Segundo ela, Millie estava feliz até semana passada. Ou ao menos é o que a garota demonstrava. Somente depois de perceber que a filha não estava dormindo à noite, é que seus pais a levaram para fazer um acompanhamento e descobriram o suposto bullying.



A menina contou que um dos intimidadores do colégio tinha até mesmo ameaçado “matar” sua família e ela ficava acordada para “protegê-los”. Segundo Naomi, a criança responsável foi punida, mas outras ainda continuam a praticar bullying com Millie. Ela percebeu mudanças na filha em seu modo de se vestir, na aparência e perda do apetite.

Conscientiza sobre o bullying:


Como forma de conscientização sobre todas as coisas negativas que essa prática pode causar, Naomi publicou a carta da filha nas redes sociais. Ela queria engajar mais pessoas na luta contra o bullying e mostrar para a filha que ela não está sozinha. A mãe mostra a Millie que a cada compartilhamento que recebe em sua história, ela ganha um novo amigo. Depois desa abordagem, a menina voltou a sorrir:



“Eu só queria postar a mensagem lá para aumentar a conscientização, porque eu acho que as pessoas pensam que são apenas crianças mais velhas que têm problemas como esse, mas isso prova que as crianças mais novas também podem passar por isso. Eu disse a Millie que há centenas de pessoas a apoiando e ela mal podia acreditar nisso”, finaliza Naomi.

O plano dos pais agora é mudar a criança de escola, mas por enquanto, é sua saúde que mais importa e o foco é inteiramente em trabalhar a aceitação e o amor por si mesma. Casos como esse